Quando o carro fica sem bateria, a primeira coisa que vem a cabeça é fazer uma “chupeta”, como é popularmente conhecida a ligação direta entre duas baterias.
Muitas montadoras não recomendam esse procedimento, pois, se alguns cuidados não forem observados, este procedimento poderá desestabilizar o sistema elétrico dos dois carros, gerando picos de corrente que danificarão módulos e sensores eletrônicos. Em situações extremas, um curto circuito poderá até gerar a explosão da bateria e consequente incêndio do motor.
Quando fazer?
A bateria perde sua carga quando o sistema elétrico está em curto ou quando você estacionou o carro e deixou algo ligado, como por exemplo: lanternas, rádio, luz interna de cortesia, luz do porta malas, geladeira, conversor, enfim, qualquer sistema que consuma a carga da bateria, deixando a tensão tão baixa que o motor de partida não consegue virar o motor.
Há,ainda, a possibilidade do seu alternador não estar funcionando, deixando de enviar carga para a bateria.
Como fazer?
De posse de cabos apropriados com o sistema de garras tipo jacaré nas pontas e fios de bitola grande, próprios para alta amperagem, aproxime outro carro que esteja com a bateria boa, de forma que o comprimento dos cabos possa ligar as duas baterias simultaneamente.
Com o motor do carro que está com a bateria boa ligado, faça a conexão dos cabos. Comece conectando pelo cabo preto, convencionalmente o negativo, conectando com o polo negativo (-) da bateria (há uma indicação nela) com a outra bateria, negativo com negativo. Depois, o cabo vermelho deve ser ligado ao polo positivo (+) de cada bateria.
Dê a partida no carro com a bateria arriada. Assim que o carro pegar, espere cerca de 3 minutos até que a bateria que estava ruim recarregue até poder se manter sozinha.
Remova os cabos de chupeta das baterias, começando pelo cabo preto (negativo), tomando muito cuidado para não encostar no cabo vermelho. Em seguida, desconecte o cabo vermelho.
Mantenha o carro ligado ou circule com ele, pois leva um tempo até que o alternador consiga carregar a bateria o suficiente para que ela consiga dar nova partida no veículo.
E se não der certo?
Baterias duram entre 2 e 3 anos, geralmente, dependendo da intensidade de uso. Se a bateria de seu carro é nova, vale a pena levar o carro em um autoelétrico ou concessionária para verificar os seguintes itens:
1) Se o alternador esta carregando corretamente. Este teste é feito com o motor em funcionamento e a tensão deve estar entre 13,0 e 14,5 V;
2) Se existe alguma fuga de corrente. É como se algum equipamento elétrico ficasse ligado direto, mesmo com carro desligado;
3) Se a bateria suporta um teste de carga, aquele em que ligamos todos os sistema elétricos do carro para checar se a tensão nos bornes da bateria fica abaixo de 12V.
A bateria é um daqueles itens de grande responsabilidade e que exige manutenção preventiva. A falta de acompanhamento pode deixar o motorista em uma situação bem desconfortável e de perigo.
DICAS IMPORTANTES:
– Não insista na partida
Se a conexão dos cabos na bateria do outro automóvel não foi suficiente para virar o motor de arranque, não insista: o problema pode ser outro.
– Pegar no tranco?
Em carros com câmbio manual, você corre grandes riscos de danificar a correia dentada ou o catalisador. Em carros com transmissão automática não é possível pegar no tranco.
– Previna-se
O descarregamento da bateria ocorre com relativa frequência (quem não esquece os faróis ligados enquanto vai ao cinema?). Por isso, tenha cabos auxiliares adequados no porta-malas.
– Cuidado com os polos
Fique precavido com os polos positivo e negativo do cabo de carregamento. Se no processo de retirá-los da bateria do carro, eles se encostarem, vai ocorrer um curto-circuito e prejudicar a bateria do carro “doador”. Nunca deixe o cabo positivo encostar na lataria do carro, pois pode provocar curto-circuito. O procedimento é muito mais fácil de ser realizado em 2 pessoas.