Duas semanas inteiras da mais dura aventura em 4×4 que o mundo pode oferecer. Uma mata tão cerrada por onde você mal consegue caminhar, quanto mais dirigir.

*Fotos Gentilmente cedidas por Claudio Larangeira

Chuvas torrenciais e uma floresta tropical onde a lama, apelidada de “DUREPOX”, alcança os joelhos e a temperatura é altíssima. Essas foram condições encontradas pelas 14 equipes que participaram daquela que foi considerada pelos organizadores como uma das provas do Camel Trophy mais duras e exigentes já realizadas.

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Foram 1700 km rodados dentro da Selva Amazônica com chuva, lama e um batalhão de mosquitos. Um dos trechos mais difíceis foi a travessia da Serra do Cachimbo. Ali os 22 participantes demoraram nada mais nada menos do que 5 horas para percorrer 200 metros, isso mesmo, 200 metros!

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Além desses fatores naturais as equipes encontraram outros tipos de obstáculos: tratores e caminhões encalhados a dias na BR 163 que liga Cuiabá a Santarém (PA). Todos esses contratempos fizeram com que as equipes progredissem na maior parte do percurso 500m a cada 4 horas de viagem.

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

A equipe brasileira foi formada por Ricardo Simonsen e Afonso Celso Baldrati que por uma diferença de apenas 5 pontos (112 a 107) não deram o título ao Brasil. Nas 4 últimas provas da competição a dupla brasileira conseguiu dois 1˚ lugar, um 2˚ lugar e um 3˚ lugar, ficando em segundo na classificação geral atrás dos vencedores, os irmãos ingleses Joe e Bob Ives, naquela que seria a única vitória de uma equipe inglesa.

Ricardo Simonsem e Afonso Celso Baldrati Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Durante o comboio, tinha um revezamento dentro do carro dos brasileiros, porém, nas provas especiais o Baldrati dirigia e o Simonsen navegava. Tinha deslocamento de 14 horas, teve dia que eles dirigiram por vinte horas no outro dia viraram dirigindo, dormiram depois de 30 horas de terem acordado. Teve uma ocasião de 20 horas de trabalho físico que evoluíram apenas 8 quilômetros.

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

As condições das estradas eram tenebrosas em determinados momentos todos passaram por caminhões atolados na Transamazônica há uma semana, 10 dias com suprimentos para os garimpos, no fundo eram os competidores que admiravam o que os caminhoneiros enfrentavam.

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Em algum momento, durante o Camel Trophy, a dificuldade era tanta que eles só saíram de algumas situações porque tratores tiraram eles dali, e detalhe, eles não faziam parte da “logística” da prova, não se esperava que aquela turma com carros preparados fosse necessitar daquela “ajuda”. Os tratores com guincho hidráulico e rodas grandes, eles amarravam o guincho nele e quando o trator puxava ele fincava umas lâminas no chão e ai arrancava o que fosse.

Numa dessas puxadas de carro, toda a frente do carro dos alemães foi arrancada com para-choque, com guincho, com tudo.

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Tinham trechos que nós colocávamos dois carros ancorados puxando um e não acontecia nada, tínhamos que cavar durante meia hora, 40 minutos para tentar tirar o carro daquele buraco e trinta metros depois caia em outro novamente, conta o Simonsen.

Certificado de participação / Ricardo Simonsen

 

Resultado da Prova:

Foto: © Claudio Larangeira / proibida a reprodução.

Não deixe de participar do nosso sorteio de um Poster 30×40 com certificado de originalidade assinado por Claudio Larangeira no próximo dia 30/04. Maiores informações nas nossa páginas no Facebook e Instagram. Boa Sorte!

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here